terça-feira, 30 de novembro de 2010

Um pouco sobre a cidade de Anápolis

Anápolis é um município brasileiro do estado de Goiás. Tem, segundo estimativa do IBGE para 2009, 335.960 habitantes, sendo o terceiro maior em população do Estado. Possui um PIB de 4,6 bilhões de reais, o que faz de Anápolis o município mais competitivo,rico e desenvolvido do interior do Centro-Oeste Brasileiro. Fica a 48 km de Goiânia e 139 km de Brasília. Junto com essas cidades, faz do eixo Goiânia-Anápolis-Brasília, a região mais desenvolvida do Centro-Oeste

Fundada em 1907 a partir de uma pequena vila que surgiu dos encontros de viajantes em uma fazenda que ficava na região, e que cresceu após a construção da capela de Santana. A etimologia de seu nome pode ser considerada como vinda do nome de Santa Ana, ou do nome de Ana das Dores, significando Cidade de Ana.

A cidade é cortada pelas rodovias BR-153 e BR-060, duas importantes vias federais, o que colabora com seu crescimente. Além disso é cortada também pela GO-222 e pela BR-414. Conta com um campus da UEG e do IF, além de inúmeros institutos particulares e centros profissionalizantes. Anápolis teve um alto índice de crescimento após a instalação doDAIA, em 1976.

Sobre a História:

Inicialmente denominada Santana de Goiás, em 1819, na região de Santana das Antas, o viajante Auguste de Saint-Hilaire, hospedou-se na Fazenda das Antas. Um conhecido desbravador da região, o marechal Raimundo de Cunha Matos, chegou a afirmar em suas andanças a citada propriedade, encravada no rio das Antas, nome este por sinal, face o local na época ter grande quantidade de antas.

A origem dessa localidade é quase certa que fica nas redondezas do Córrego Góis, Ribeirão das Antas, Córrego dos Nunes, Córrego Capuava, Córrego Cesário, Córrego Água Fria, Córrego João de Aí, tinha como residência os senhores Joaquim e Manuel Rodrigues dos Santos, José Inácio de Sousa, Manuel e Pedro Rodrigues (Roiz), Camilo Mendes de Morais, Manuel Rodrigues da Silva, todos lavradores e mais comunidade por volta de 1865. Por ser um local aprazível, com bom pasto e muita água, tornou-se logo um ponto de encontro entre viajantes e tropeiros surgindo em seguida casas e palhoças.

Percorrendo a extensa faixa de terras entre Jaraguá e Silvânia, alguns viajantes fixaram ali residência, principalmente na cabeceira do rio/riacho das Antas.

Afirma a tradição que, por volta de 1859, passando pela região da fazenda de Manuel Rodrigues, Dona Ana das Dores, natural de Jaraguá, perdeu ali um de seus animais de carga que conduzia uma imagem de Santana. Encontrado o animal, os tropeiros não conseguiram erguer a tal mala que continha a imagem, o que levou Dona Ana a interpretar o fato ocorrido como um desejo da santa de permanecer no local. Dona Ana então prometeu doá-la à primeira capela que fosse erguida no local.

Em 1870, muda para o vilarejo Gomes de Sousa Ramos, filho de Dona Ana das Dores, homem experiente e viajado, conseguiu dos moradores a doação de uma gleba de terra para o patrimônio da Senhora Santana e, no ano seguinte, construía um templo em seu louvor, a primeira igreja da cidade, no mesmo local onde hoje se encontra a Catedral de Santana. Com o crescimento local a denominação passou a ser Capela de Santana das Antas.


Emancipação

Um professor de primeiras letras oriundo de Meia-Ponte, designado pelo governo provincial, chegou ao povoado em 1882. Chamava-se José da Silva Batista (Zeca Batista).

Batista lutou pelo desenvolvimento da freguesia e para emancipá-la de Pirenópolis, fato que se deu, por força da Lei nº 811 de 15 de novembro de 1887. Com a morte de Gomes de Sousa Ramos, considerado o primeiro líder, Zeca Batista ocupou o seu lugar.

Por múltiplos obstáculos, e, sobretudo pelas dificuldades levantadas pelas autoridades pirenopolinas, pelo advento da Lei Áurea (1888) e pela Proclamação da República (1889), a instalação da vila só se deu a 10 de março de 1892, com José da Silva Batista na presidência da junta administrativa da Vila de Santana das Antas.

Através de eleições, em 1893 o povo antense escolheu o primeiro intendente Lopo de Sousa Ramos, e o primeiro conselho municipal foi formado por Antônio Crispim de Sousa, Teodoro da Silva Batista, Vicente Gonçalves de Almeida, Floro Santana Ramos, Antônio Batista Arantes e Modesto Sardinha de Siqueira. Já contando com autonomia administrativa e base territorial, a Vila de Santana das Antas foi elevada à categoria de cidade pelo Decreto-Lei 320, assinado pelo então presidente do estado de Goiás, Miguel da Rocha Lima, passando a ser denominada de Anápolis (que significa Cidade de Ana) a partir de 31 de julho de 1907, sendo considerada esta a data de comemoração do aniversário da cidade.

José da Silva Batista, o consolidador do município faleceu em 7 de dezembro de 1910, com 54 anos de idade.

Em 9 de janeiro de 1924, chegou a luz elétrica na cidade, graças ao pioneirismo de Francisco Silvério Faria e Ralf Colemann. A instalação do telégrafo deu-se em 1926 e a ferrovia chegou em 1935. É conhecida como Manchester goiana. Em 1927 foi fundado o Hospital Evangélico Goiano, pelo médico e missionário evangélico de origem inglesa, Dr.James Fanstone, sendo na sua época a mais moderna instituição de saúde do centro-oeste brasileiro. Em 1939 foi fundado o Hospital Nossa Senhora Aparecida, em 1943 surgiu o primeiro bairro, o Jundiaí, lançado por Jonas Duarte.

Relevo

O município tem relevo ondulado, fazendo parte do planalto central brasileiro, podendo ser subdividido em cinco tipos, com características peculiares, sobretudo no que diz respeito à forma, ao espaçamento interfluvial e à potencialidade erosiva.

A maior parte do território do município possui um relevo medianamente dissecado com potencialidade erosiva fraca. Apresenta formas convexas associadas a formas tabulares amplas. Nessa área, a drenagem das águas é pouco entalhada e as encostas possuem uma inclinação de 2 a 5º. A substituição da cobertura vegetal primitiva por pastos, submetidos à prática de queimada e ao pastoreio intenso, provoca a retirada de nutrientes do solo pelo escoamento superficial promovendo seu esgotamento.

Os relevos intensamente dissecados com potencialidades erosiva muito forte, encontram-se em duas áreas. A primeira, menor, ao norte, junto à fronteira com os municípios de Abadiânia e Pirenópolis. A segunda maior, desde os limites com o município de Ouro Verde e avançando em direção ao centro, sob a forma de uma faixa estreita. Caracteriza-se pelas formas convexas e aguçadas, pelo espaçamento interfluvial inferior a 750 metros, eventualmente associados a relevos residuais de topo plano e a bordas de planalto e chapadões, com escarpas de até 45º.

Clima

O Clima do município é do tipo tropical de altitude. A temperatura, ao longo do ano, oscila entre 9º (junho-julho) a 33º (janeiro-março), mas a média fica entre 20º e 23°C. O período mais frio vai de maio a setembro, e o mais quente, de outubro a abril. Existem duas estações distintas, a da seca, que coincide com o período de frio, e a das chuvas, que coincide com o período de calor.

Anápolis possui um clima ameno na maior parte do ano. No inverno as temperaturas mínimas podem despencar para até 7°C. Porém, as máximas podem ser superiores a 25°C. (Temperaturas típicas de um dia de inverno: mín. 10°C/máx.29°C). A mínima absoluta ocorreu na forte onda de frio de junho de 1975, onde a temperatura chegou a -3°C, com forte geada na cidade. Na primavera, são registradas as maiores temperaturas. Há casos em que as temperaturas máximas podem alcançar ou ultrapassar os 35°C. (Temperaturas típicas de um dia de primavera: mín. 19°C/máx.32°C). No verão as temperaturas ficam mais "amenas": entre 18°C e 31°C. (Temperaturas típicas de um dia de verão: mín. 19°C/máx.29°C). No outono, as temperaturas ficam mais amenas variando entre 12°C e 26°C, embora às vezes a mínima possa ser menor, como em 2007. (Temperaturas típicas de um dia de outono: mín. 14°C/máx.29°C).

Os meses de Agosto e Setembro são muito secos costumam ser quentes apesar do inverno. As primeiras chuvas após o tempo de seca chegam com a entrada da primavera, variando de um ano pro outro.

A umidade relativa do ar tem uma variação sazonal. A média mensal fica em torno de 50 a 60% nos meses mais secos (que pode chegar a meados de 20%), mas no período das chuvas ultrapassa a 80%.

Meio ambiente

A cobertura vegetal do município está quase que totalmente descaracterizada pela ação do homem que há décadas, vem substituindo as matas por cultura de cereais, como arroz, milho, café e a formação de pastagens para alimentação do rebanho bovino.

O município localiza-se em uma área de tensão ecológica, ponto de contato entre o cerrado e a região da mata. O cerrado, predominante a leste, tem dois típicos básicos de cobertura: o cerrado propriamente dito e o campo cerrado.

Fauna e Flora

A Flora da região do cerrado é formada principalmente por jacarandá, peroba-branca, quina-do-campo, aroeira, pequi e lobeira. Na região de mata, destacam-se o angico, o amarelão ou garapa, o ipê-amarelo e o ipê-roxo, algumas espécies de palmeiras e a taboca. A mata ciliar ou de galeria, que acompanha as margens dos córregos, possui palmitos, buritis, samambaias e imbaúbas, dentre outras plantas.

Existem inúmeras plantas de uso na medicina popular, como o pau-santo e a quina, que são arvores, e o acaçu, velame-branco, pé-de-perdiz, carapiá e chapadinha, que são arbustos dos quais se extrai a raiz para fins medicinais.

Hidrografia

Embora não exista nele nenhum rio caudaloso, o município de Anápolis é um privilégio manancial de água, que servem a duas bacias hidrográficas: a Platina e a Amazônica. Trata-se de córregos e ribeirões com pequeno volume e água, muita vezes estreitos e encachoeirados, que não podem ser utilizados para navegação. Durante o período das chuvas, costumam transbordar, muito embora o volume de água que possuem seja pequeno.

Quanto ao aspecto econômico, muitos córregos e ribeirões são importantes devido à utilização de suas águas para irrigação de hortaliças. Não são rios piscosos, ainda que em alguns deles se pratique a pesca em pequena escala, mais como atividade de lazer.

Demografia

A população é de 335.960 habitantes, segundo a estimativa do IBGE para 2009. Em população, Anápolis é a 68ª maior cidade brasileira, possuindo atualmente uma frota de 155.000 veículos registrados, e por isso ocorrem problemas no trânsito nos horários de pico. A cidade sofreu colonização de mineiros, paulistas, paranaenses, árabes e japoneses, principalmente. É uma cidade bastante hospitaleira e tranquila, com baixos índices de criminalidade.

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